No final de Julho a escritora Vanessa de Oliveira foi ao Peru para lançar uma de suas obras na Feira Internacional do Livro naquele país. As coisas acabaram tomando outro rumo quando descobriu que seu livro estava sendo pirateado nas ruas. Indignada com a situação, resolveu tirar a roupa em praça pública para protestar contra a falsificação de seu trabalho.
Ela diz que a partir desse momento, decidiu levantar a bandeira antipirataria. Desnudou-se novamente em São Paulo, e levará um novo ato no final do ano, no México, onde também lançará seu livro. Ela explica que faz suas manifestações "vestida de 'protesto', dentro daquela minha característica de protestar com as escrituras de não à pirataria em diversos idiomas, porque o ímpeto do protesto é mundial". a autora afirma que usa a atenção que consegue da mídia para falar sobre a vida e dificuldades de um escritor, bem como os prejuízos que a categoria sofre com as falsificações.
Vanessa diz não saber se a venda de seus livros aumentou com a exposição provocada pela forma desnuda de protestar. No entanto, ela jura que esse não é seu objetivo. "Eu não sei (se aumentou a venda), porque a cota dos livros só chega de quatro em quatro meses, e isso faz 20 dias (protesto no peru). Mas vou te dizer: não estou pensando nisso. Estou muito mais focada em como vou chegar lá no México, no final do ano, para a feira internacional de Guadalajara - onde já estive em 2009. De que forma vou fazer esse protesto sem ser presa. Porque uma coisa é ser presa no Brasil, onde posso ligar para minha editora, chamar advogado, mas lá não sei se encaram isso como protesto pacífico ou como atentado violento ao pudor", indaga.
Durante seus protestos, Vanessa busca o engajamento de escritores e editores contra a pirataria. Perguntada se não teme pelo descrédito das pessoas por protestar sem roupas, ela diz que nunca pautou suas ações pelo julgamento alheio.
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